A Mãe do Autista

A Mãe do Autista
...Investi tudo naquele olhar...Tantas palavras num breve sursurrar...paixão assim não acontece todo dia!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Estudo vê aumento no risco de mãe mais velha ter filho autista

Estudo vê aumento no risco de mãe mais velha ter filho autista

Para cada cinco anos de aumento na idade da mãe, risco de autismo na criança sobe em 18%, segundo pesquisa

O risco de uma mulher de quarenta anos de ter um filho autista é 50% maior do que aquele registrado no caso de uma mulher entre 25 e 29 anos de idade, segundo uma recém-publicada pesquisa da Universidade da Califórnia.

Após analisar todos os nascimentos no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, durante a década de 90, o estudo determinou uma relação entre o aumento da idade da mãe e o risco de o bebê desenvolver autismo. Para cada cinco anos de aumento na idade da mãe, o risco de diagnóstico de autismo na criança sobe em 18%.

O estudo foi publicado na edição de fevereiro da Autism Research e busca quantificar como a idade do pai e da mãe - separadamente e de maneira conjunta - afeta as chances de uma criança desenvolver ou não autismo.

Segundo seus autores, a pesquisa desafia uma atual corrente teórica que identifica a idade do pai como um fator chave para o aumento do risco.

"O estudo mostra que enquanto a idade da mãe aumenta consistentemente o risco de autismo, a idade do pai só contribui para o aumento do risco quando o pai é mais velho e a mãe tem menos de 30 anos. Entre mães com mais de 30 anos, a idade do pai não parece influenciar o aumento do risco de autismo", afirmou Janie Shelton, principal autora do estudo.

Causas

De acordo com os pesquisadores, determinar a relação entre o aumento da idade dos pais e o aumento do risco de diagnóstico de autismo nos filhos é essencial para entender as causas biológicas da doença.

"Nós ainda precisamos entender o que faz com que pais mais velhos coloquem seus filhos mais expostos ao autismo e a outros cenários adversos para que então possamos começar a desenhar intervenções", disse Irva Hertz-Picciotto, autora senior do estudo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


Autor: BBC Brasil
Fonte: Estadão.com.br

domingo, 12 de dezembro de 2010

Assistindo um espetáculo de Flamenco !

Como bom ter alguém em que vc confie 100%.Começo dizendo isso, porque resolvi fazer uma experiência num dia que poderia ter sido um desastre total, mas foi maravilhoso!
Ontem foi o espetáculo de fim de ano do flamenco, dança que escolhi para ser o meu escapem terapia, um dia falo mais sobre ele.

Mas o que eu queria contar, é que nesses 3 anos e meio de dança nunca havia o levado nas apresentaçãoes, Eu sempre senti pena pq o deixava pra trás com alguém em casa, ele adora me ver de “espanhola”, passar a mão nos cabelos em coque, na rosa vermelha presa no coque, passar o dedo no batón vermelho, olhar a maquiagem pesada dos olhos, qdo ele me vê assim fica hipnotizado, me abraça beija, deve achar realmente a mãe linda(rs).

Devido ao seu comportamento inadequado, sempre tive med
o que desconcentrassem as meninas no palco, verdade seja dita, sempre estamos muito concentradas e com medo de errar, e nisso sou muito justa e realista, temos que entender isso tbém, tenho ciência de que não é qualquer lugar que posso levar meu filho.

Mas como esse ano foi um ano de sucessos em teatros e passeios( com escola e APAE) resolvi arriscar.
E o melhor obtive apoio da Maysa Guerra, a terapeuta ocupacional do Gui, ela é muito desafiante, tbém tem uma larga escala de esperiência , e só dei a largada pra experiência porque era com ela, outra pessoa de casa nunca cons
eguiria nem EU, haja visto a escandaleira que fez comigo num circo que fiquei traumatizada, mas já outro episódio!rs

O que planejamos então...que ela iria com ele pela manhã no teatro na passagem de palco enquanto ensaiávamos, pra prever a ele o que ia acontecer, dar um primeiro
contato com o local.

Qdo eles chegaram estávamos terminando ele ficou sentadinho, mas qdo me viu queria subir no palco, e o objetivo era dele não subir.
Ensaio feito, estávamos amarrando estratégias e zumpt,o bichinho subiu no palco e fez a maior festa.


Combinamos de levar balas, pipocas, alguns brinquedos que ele gostasse pra ver se mantinha ele tranquilo para noite. Gente ele não pára nunca,ou melhor não para nunca coma agente aqui de casa, seria o mega desafio 2010 fazer assistir um espetáculo inteiro.

Só a Maysa poderá dar mais detalhes, mas acretido que foi super bem, ele chorou no final, nos agradecimentos, qdo me viu em palco com meninas do meu grupo que ele já conhece de bebê.

Eu fiquei um pouco nervosa porque a professora estava nos agradec
imentos, mas ali eu já estava explodindo de felicidade, mas ela siu com ele, e depois retornou. Eu nem fui pro camarim dei um tempo e voltei correndo pra vê-los.

Os olhos dele brilhavam a hora que ele subiu no palco feliz, com aqueles "flaps" flamencos, e me puxando pra pular com ele foi inesquecível! Exibido como a mãe nem queria sair do palco.
Era isso que eu queria que ele entendesse que a mãe fazia qdo estava “montada” de espanhola.
Muitas vezes ensaiamos aqui, nos arrumamos, mas ele nunca ia e ficava com a cara triste no portão.
Graças a Maysa, ainda estou emocionada de ter o Gui comigo n
uma coisa que é vital pra mim. Esse apoio dela incondicional que me dá coragem, que me faz acreditar que podemos incluir.
Obrigada Maysa!
















quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E o amor...a saudade ...como se resolve !?

Ano passado o Gui teve uma professora que foi amor a primeira vista, tinham uma conexão tão profunda, eu sentia isso e não estava errada.

Esse ano infelizmente trocou de professora umas 3 vezes, todas boas, interessadas, esforçadas, mas pra cabecinha dele, deve ter sido uma confusão.

Era fim de Outubro e a atual professora dele contou, que A do ano passado esteve visitando a escola.

Qdo ele a avistou, saiu correndo e saltou no seu colo,e depois dos chamegos ele a puxou pela mão atravessou todo pátio e a levou para antiga sala de aula, onde trabalharam ano passado!

Não precisa dizer que ela desmoronou, só de ouvir a história eu desmoronei...tanto tempo que eles não se viam, era como se o tempo não houvesse passado para ele.

As vezes parece que não podemos marcar a vida dessas crianças, muitas vezes se quer podem demonstrar seus afetos e desafetos, mas sentem, amam.


Sensibilidade, suavidade, alegria, ternura, paciência, postura, firmeza, tantos adjetivos que compõe alguém para lidar com as nossas crianças.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ai gente como é difícil andar na rua com ele, cada vez que tenho que parar pra atravessar a faixa, ele não entende que tem que parar e avança o corpo pra cima dela com carro parado ou não.

Acabei de levar meu filho mais velho numa recreação e ele junto caminhando, nossa é de arrepiar , tenho impressão que não vou conseguir segurá-lo!

Desespero total, ainda que tenho que subir a rua pelo lado esquerdo descer pela calçada direita, pelo menos já não vai mais passando a mão pelos muros.

Sempre que volto da rua com ele minha cabeça parece que vai explodir como agora. Aff!